sábado, 30 de agosto de 2008

•DIARIAMENTE•

"Para calar a boca: rícino

Pra lavar a roupa: omo
Para viagem longa: jato
Para difíceis contas: calculadora

Para o pneu na lona: jacaré
Para a pantalona: nesga
Para pular a onda: litoral
Para lápis ter ponta: apontador

Para o Pará e o Amazonas: látex
Para parar na Pamplona: Assis
Para trazer à tona: homem-rã
Para a melhor azeitona: Ibéria

Para o presente da noiva: marzipã
Para Adidas, o Conga: nacional
Para o outono, a folha: exclusão
Para embaixo da sombra: guarda-sol

Para todas as coisas: dicionário
Para que fiquem prontas: paciência
Para dormir a fronha: madrigal
Para brincar na gangorra: dois

Para fazer uma toca: bobs
Para beber uma coca: drops
Para ferver uma sopa: graus
Para a luz lá na roça: duzentos e vinte volts

Para vigias em ronda: café
Para limpar a lousa: apagador
Para o beijo da moça: paladar
Para uma voz muito rouca: hortelã

Para a cor roxa: ataúde
Para a galocha: Verlon
Para ser "mother": melancia
Para abrir a rosa: temporada

Para aumentar a vitrola: sábado
Para a cama de mola: hóspede
Para trancar bem a porta: cadeado
Para que serve a calota: Volkswagen

Para quem não acorda: balde
Para a letra torta: pauta
Para parecer mais nova: Avon
Para os dias de prova: amnésia

Para estourar pipoca: barulho
Para quem se afoga: isopor
Para levar na escola: condução
Para os dias de folga: namorado

Para o automóvel que capota: guincho
Para fechar uma aposta: paraninfo
Para quem se comporta: brinde
Para a mulher que aborta: repouso

Para saber a resposta: vide-o-verso
Para escolher a compota: Jundiaí
Para a menina que engorda: hipofagin
Para a comida das orcas: krill

Para o telefone que toca
Para a água lá na poça
Para a mesa que vai ser posta
Para você, o que você gosta:
Diariamente."

domingo, 24 de agosto de 2008

A Crença de Cada Um



Em uma aula dessas de Metodologia da Pesquisa Cientifica II, o meu professor comentou sobre glossário e eu automaticamente, lembrei-me de um glossário de Madame Blavatsky que temos em nossa casa de praia. Coincidentemente, enquanto pesquisa no Google sobre teologia e sobre Blavatsky fui lembrada que naquele dia, seria a missa em memória de minha sogra, três anos de saudades. Corri logo para o chuveiro pra não perder a hora e enquanto a água caia, lembrei-me o quanto compareci a missa durante esse ano, assistir a 1hr de sermão de um indivíduo normal que tem que seguir o celibato, coitado! Praticamente um eunuco que no seminário é obrigado a tomar remédio pra baixar a sua libido, que não pode assumir a sua opção sexual, ou, não pode assumir que tem uma paixão por uma beata. Ou quem sabe assistir um sermão de um padre mal, que come todas as beatas casadas. Está certo, corrijo! Não diria tão mal assim, comer beatas dentro dos confessionários, mas um padre lobo mal que comi os coroinhas eu posso dizer que esse é muito mal.

Nunca consegui concentra-me dentro de uma igreja. Fico observando tudo, anjos que decoram as belas colunas daquele templo, a riqueza que o lar de Jesus possui. E a curiosidade não para de perguntar a minha faculdade mental, o que foi preciso à igreja fazer naquela época, para conquistar tanta fortuna? A igreja católica foi a igreja evangélica de hoje? Quanto mistério há escondido? Começo lembrar dos filmes sobre religião, Advogado do Diabo, Constantine, Martim Lutero que desafiou a igreja católica em plena idade média, Fim dos Dias, Stigmata, Código da Vince, O Crime do Padre Amaro, o polêmico filme de Mel Gibson , A Paixão de Cristo. A Ciência e a religião podem responder as nossas duvidas? Há estudos que comprovam que a fé, cura muito mais rápido as pessoas que a possue do que as pessoas que não as possue. Meu Deus! O que acontecerá com aquele que precisar da minha fé? Se algum padre celebrar uma missa comigo sozinha, eu ignorantemente não saberia a hora de levantar-me, ajoelhar-me, ou, sentar-me, não saberia as palavras certas depois de alguma frases, só sei rezar o Pai Nosso, Ave Maria e malmente realizar o sinal da santa cruz. Tá danado!

Observo que a maioria que freqüenta a missa são os idosos e alguns gatos pingados de jovens, gatos pingados mesmo! Então pergunto-me, porque será que tem tantos idosos? Será que eles carregam muitas culpas, ou simplesmente são aposentados e não tem outras atividades, ou tem o hábito de freqüentar a igreja, por causa dos pais repressores daquela época? Ou seria os jovens que teem pouca fé como eu?

Admiro a fé que os idosos tem, como gostaria de ser um fenômeno telepático mutante para poder entrar na mente de cada um e tentar ao menos, descobrir o que eles pedem, o que eles agradecem.

A missa iniciou-se ás 13:00 hr ,enquanto acomodava-me por um momento fui salva por algo diferente, comecei a deixar o sermão me dirigir, estava prestando a atenção em tudo que o padre dizia, sem ficar questionando será que ele é um pedófilo e eu estou aqui perdendo meu tempo? O onipotente e onipresente estava ali comigo, fazendo com que eu escutasse, com efeito, “é mais fácil um camelo entrar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus!” Assisti toda a cerimônia eucarística. Porém quando saiu das cordas do violão, uma linda melodia e junto com ela, uma voz suave por todo o templo, comecei chorar por dentro, um choro descontrolou-me de tal forma, que comecei a gemer, quando veio a explosão, não consegui conter minhas lágrimas que faziam a pergunta, o que está havendo com você? Então chorei pelos meus erros, pelos erros dos outros, pelos acertos, chorei por está viva, por está casada com um homem incrível, chorei pela pessoa quem foi dedicada a missa, chorei por não ter tanta fé, por saber que não sou suficiente crente, chorei quando deram-me um lenço para enxugar a gota de líquido segregada pelas minhas perfeitas glândulas lacrimais, chorei de tristeza, se fosse na igreja evangélica, diriam que o Espírito Santo desceu em mim...




domingo, 17 de agosto de 2008

Madame Bovary C'est Moi.

"Procuro nos búzios e no horóscopo o resto da minha dignidade. Tento ser mais cética, mais durona, mas sou totalmente tendenciosa quando alguma coisa diz que eu posso ser feliz. É sempre mais fácil culpar o autosabotamento com signos do zodíaco ou algo que se preze, do que entender que você, independente de onde marte esteja neste exato momento, gosta de arrancar as próprias penas apenas para ver aonde dói.
Gosta de se cutucar para ver aonde sangra, aonde incomoda, que parte do seu corpo sente mais falta dele, em que momento do dia você perde a razão, fica sem ar, o porquê grita tanto internamente ao ponto que se deita exausta de tanta coisa que é sua, mas que você não sabe lidar, e por isso é fácil apelar para o impalpável e para todas as superstições existentes para que tirem a culpa que você carrega de querer tanto ser como os outros, mas não é.
O amor que tanto se proclama, dessa busca e espera infindável, “que chegue e será bem vindo, que será esperado” que some em alguns meses, que se sobrepõe na esquina por um outro qualquer, por essa falta, esse buraco no estômago, essa fome de se sentir amado, de se sentir querido, de se sentir seguro, quando amor é nada além da sensação de estar caindo e não saber onde se segurar.
E por isso eu culpo toda e qualquer manifestação esotérica, pelo meu amor volúvel que vai para qualquer pessoa que me desperte algo que valha terminar o dia, e sendo assim é mais fácil despejar em alguma coisa impalpável a minha incapacibilidade de ser como o resto das pessoas.Porque eu nunca tive motivos para acreditar em nada que dure para sempre. Porque eu sempre fui tocada pelas mais diferentes formas de vida e por qualquer frase um pouco mais inteligente, porque dói entender que a posição da lua não interfere no quanto eu morro um pouco todos os dias. Porque eu acredito em tudo e isso de não descartar nada, me faz voltar para casa depois de me apaixonar a cada esquina, e querer uma cama só.
Eu me machuco pra saber onde dói, mas hoje sei exatamente que parte de mim sente mais falta dele.
Tudo."

Do Blog :
http://www.verbeat.org/blogs/umbigodepaula

A idade de Cristo.



Ainda na casa dos 30, continuo uma imperfeita Balzaquiana, com linhas tortuosas, com imaginação criadora, tentando salvar em mim o essencial, tentando relevar, tentando entender a partida. Na idade de cristo, coisas em mim caem e tenho força para construir de novo, na idade de Cristo, sou muitas vezes atônita, inexorável. Na idade de Cristo, ainda sou cercada de dúvidas, temo o futuro, tento compreender que se não der tempo de escrever um livro, digo ainda assim que valeu e se não der tempo de ter filhos, digo ainda assim, que talvez, tudo bem, mas se pudesse tê-los como seria? Na idade de Cristo, conseguir plantar uma árvore, conseguir até hoje ter alguns amigos de verdade, de dividir o banheiro com alguém tão diferente e não deixar a data da validade da relação invisível. Na idade de Cristo, peço-lhes que levem um pouco de mim e peço-lhes que deixem um pouco de vocês... Com a idade de Cristo, peço com humildade que a parte do meu cérebro chamada claustro, não controle tanto a minha emoção e que deixe a minhas lágrimas dizerem-me a verdade. Na idade de Cristo, sou profundamente amada por alguém, sou um átomo compostas por nêutrons e prótons e cercada de elétrons. Na idade de Cristo quero censurar poucos os culpados e perdoá-los. Na idade de Cristo, quero ter mais fé!

A IDADE DE CRISTO, 33 ANOS, LEONINA, ELEMENTO FOGO COM MOMENTOS DE FELICIDADES!

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Dia dos painhos

Os Filhos
(Do Livro "O Profeta")
Vossos filhos não são vossos filhos.
São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma.
Vêm através de vós, mas não de vós.
E embora vivam convosco, não vos pertencem.
Podeis outorgar-lhes vosso amor, mas não vossos pensamentos,
Porque eles têm seus próprios pensamentos.
Podeis abrigar seus corpos, mas não suas almas;
Pois suas almas moram na mansão do amanhã,
Que vós não podeis visitar nem mesmo em sonho.
Podeis esforçar-vos por ser como eles, mas não procureis fazê-los como vós,
Porque a vida não anda para trás e não se demora com os dias passados.
Vós sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados como flechas vivas.
O arqueiro mira o alvo na senda do infinito e vos estica com toda a sua força
Para que suas flechas se projetem, rápidas e para longe.
Que vosso encurvamento na mão do arqueiro seja vossa alegria:
Pois assim como ele ama a flecha que voa,
Ama também o arco que permanece estável.
[Khalil Gibran]

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

A mais bela das belas.




Oh! Minha beleza negra, negra.

Sem nenhum patrocínio e a demora de quatro anos para entrar no escurinho do cinema, o curta sobre a noite da BELEZA NEGRA, da cineasta baiana Carolina Moraes -Liu, foi mostrado ontem na sala Walter da Silveira, Barris.
O documentário é belíssimo, fala de preconceito, alta estima, estética e a valorização da mulher negra.O Bloco afro Ilê Ayê, corre atrás disso, realizando a noite da Beleza Negra, selecionando a DEUSA DO ÉBANO.

"Minha Crioula
Eu vou contar para você
Que estás tão linda
No meu bloco Ilê-Aiyê
Com suas tranças muita originalidade
Pela avenida cheia de felicidade


Minha deus do Ébano
É Deusa do Ébano
É Deusa do Ëbano

Todos os valores
De uma raça estão presentes
Nesta estrutura deste bloco diferente
Por isso eu canto pelas ruas da cidade
Pra você minha crioula, minha cor, minhas verdades


Minha deus do Ébano
É Deusa do Ébano
É Deusa do Ëbano"



domingo, 3 de agosto de 2008

EU RECOMENDO!



O outro Contexto de Romeu e Julieta.

O mesmo direitor de “2 filhos de Francisco” Breno Silveira, se joga na arte dramática de Shakespeare. Subindo e descendo no Morro do Cantagalo (Rio de Janeiro), o diretor transforma o drama que já estamos acostumados a ver de outras tantas formas , com tantos outros personagens e cenários diferente, em um drama contemporâneo, com a nossa realidade feia e tão nossa.

terça-feira, 29 de julho de 2008

quinta-feira, 17 de julho de 2008

"Comer e coçar é só começar"

Eu e Guigo adoramos sair para comer é um dos programas mais prazerosos, adoramos ser servidos não importa onde seja, em um requintado restaurante, ou um barzinho gostoso de bairro. O que importa mesmo é que venham com os talheres e as louças e claro, que o lugar seja limpo. O que Rodrigo implica mesmo, que tem que dá suas garfadas em prato raso, também prefiro prato raso, mas se ñ tiver, vai de fundo mesmo e se possível bem fundo.
Quando a comida está muito boa, ele sempre cita uma frase que eu acho um barato: “Temos dois prazeres na vida, os da cama e os da mesa, os da cama depende do nosso parceiro (o parceiro indisposto, com problemas, dor de cabeças, ou simplesmente é trocado por um futebol, ou uma novela) e os dá mesa, só depende da gente.” Então, licença!
Venho tentando não comer carne, mas como consegue? Fui habituada a comer comida pesada, lembro-me que nos domingos, sempre rolava a grande panela de feijão, grande mesmo!Algumas vezes variava com cozidos, ou escaldados de peixe, uma rabada com agrião. Em momentos especiais, minha mãe lançava-se na cozinha para fazer o diferencial, a velha lasanha à bolonhesa, panqueca, rocambole de batata, sei que não é nada light, mas era em momento especial e meu pai sempre gritava! Essa comida é lanche, comida de negão é feijão! Talvez ele tenha trazido no seu DNA, a alimentação dos escravos, da qual originou-se a nossa velha feijoada de guerra, que era feita das sobras dos seus senhores que só comiam as partes nobres dos animais e as sobras : pés e orelhas de porco, lingüiça e carne-seca , ficavam para os escravos.
Lembro-me dos tempos (das vacas gordas) que a maioria dos domingos sempre amigos apareciam para filar a bóia, era uma orquestra sinfônica bocal, alguns tios de consideração se lambuzavam nos ossos para sugar o tutano e aquele caldinho, que quem chupa osso, sabe o que estou dizendo. Era um chupa para lá, chupa pra cá, suga, suga e bate osso danado. Aqueles beiços carnudos imensos parecendo uns aspiradores da mais alta potencia, aí como eu me divertia, era uma farra gastronômica da pesada, resultado, que alguns deles tem pressão arterial alta hoje.
Então sigo aqui com as tentaçãoes gastronômicas, tantos com as velhas conhecidas e reinventadas de outras formas, como feijoada de marisco, as de outras regiões, como o nosso velho churrasco, as novas que apareceram no nosso cardápio baiano, como escondidinho, agachadinho, atoladinho, inho, inho e inho... E dos nossos amigos Japoneses, que no começo criei uma resistência ao sushi e sashimi, hossomaki, tekamaki, kappamaki, ki, ki e ki , mas agora mexo com os pauzinhos que é uma beleza.

No prato: Ravióle de massa de tinta de lula com recheio de robalo.

Restaurante : La Lupa.

Bom apetite!

sábado, 12 de julho de 2008

quinta-feira, 10 de julho de 2008

No muro

Por:

Tétis - Katia- Lika- Sirc

terça-feira, 8 de julho de 2008

Tea for two.


"Vamos tomar chá das cinco e eu te conto minha
grande história passional, que guardei a sete chaves,
e meu coração bate incompassado entre gaufrettes."

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Brava gente Brasileira.

Por que não cair na fanfarra?

Os negros também ajudaram na independência da Bahia em 1823 e só foram libertos, em 13 de maio de 1888, ou seja, 65 anos depois. E a figura simbólica, escultura de dois caboclos para representar as tropas, já que não poderia ser um homem branco, porque lembrava os portugueses, nem os negros que, na época, não eram valorizados (ainda dizem que tudo foi motivado pelo sentimento federalista emancipador de seu povo).

Rápidinha.

Feliz é o dono de sex shop que pode dizer: Pegue suas coisas e vá se foder...

sexta-feira, 27 de junho de 2008


Estive pensando no quanto te preciso

No tanto que te sinto

Quando estás longe de mim

Relembro a gente bem pequena

Sempre ativa e alerta

Enloquecidas por brincar

Não tinha tempo nem lugar

Não importava a hora pra gente se encontrar

É engraçado a Dona Vida que arruma duas meninas

Uma de lá outra de cá, e as tornas amigas

Amizade bem antiga

Das antigas essa nossa

Cheia de ginga, cheia de bossa

Repleta de histórias, memórias infinitas

Mas também de coisas novas

Talvez hoje agente se veja e, se assim não for

Ainda que de certo não seja

Isso não faz que menos bem te queira

A gente sabe que onde for

E aonde esteja, essa amizade é pra ficar.



Por Daniele Maia

Fortaleza -CE


Salvador Esvaziou

Na seca, sem vaselina.
Sai da capitá pro interior meu senhor.
Peguei um congestionamento de mais, ou menos, 100 km, foi danado pra danar. E a lei seca entrando a todo vapor, nada de gelada para espantar o calor e olhe seu menino, que nem adiantava buzinar.
Para os vendedores ambulantes que foi baum, vendeu Aquarius Fresh e H2O sem parar. E eu cá observar que os porquinhos de outros carros só a sujar.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

No muro

Jamelão


Cultura

"Cultura é tudo aquilo de que a gente se lembra após ter esquecido o que leu. Revela-se no modo de falar, de sentar-se, de comer, de ler um texto, de olhar o mundo. É uma atitude que se aperfeiçoa no contato com a arte. Cultura não é aquilo que entra pelos olhos, é o que modifica seu olhar."

E ESSE SÃO JOÃO, VOCÊ VAI DE QUE?

FORRÓ DO SFREGA
FORRÓ DO BODE
FORRÓ DO BOSQUE
FORRÓ DO PINTINHO, OU SERIA ,PIU-PIU, PINTÃO?
FORRÓ DO GOZO.
FORRÓ DO TICOMI OU TICOMIA OU TICOMEREI
FORRÓ DO CARCARÁ
FORRÓ DO GALO
FORRÓ DA VACA LÔCA
FORRÓ DA ONÇA
FORRÓ DO VISGO
FORRÓ DO..
FORRÓ DA...

domingo, 15 de junho de 2008

Dia dos namoradoS

Torra minha paciência;
Despótico;
Ciumento;
Pertinaz;
Brigão.



Ele não é perfeito e é por isso, que estamos juntos há 10 anos.


Feliz dia dos namoRidos!

segunda-feira, 9 de junho de 2008

No muro


Exposição Alma da Bahia de Patrizia Giancotti
composta por 100 fotografias absurdamente belíssimas, com textos de Jorge Amado.
E quem não foi, perdeu!

sábado, 7 de junho de 2008

A POESIA DA CONVENCIONAL

Em 1986, meu pai fez uma viagem com o Ilê ayê, para os EUA, e ao voltar, naturalmente trouxe lembranças e presentes para a cambada toda da casa e presenteou-me com canetas de todas as cores e formato possíveis, lapiseiras, variedades de borrachas cheirosas, walkman, um cão de pelúcia que ao bater palmas dava cambalhotas e latia, enfim, só não fazia comer ração (ñ duvido nadica, se não já inventaram um que já coma ração e faça cocô depois) vídeo cassete, mas sempre tem um presente que faz brilhar os zoinhos e o presente que fez com que minha midríase aumentasse foi a maquina fotográfica, (suspiro). Foi com esse embrullho que comecei meus primeiros clicks, clicks torcidos, sem iluminação alguma, tremidos, remexidos, sem enquadramento simétrico, sem nenhuma captura de imagem qualquer, clicks queimados, aonde vinha a decepção na hora da revelação, escrevendo assim, até parece que sou uma profissional, confesso amadoríssima e feliz... Enfim, cresci , casei e de quebra fui premiada com a máquina Nikon do meu marido e um cenário natural chamado Barra do Itariri, onde continua sendo meu bastidor preferido. Com a nikon, sentia-me a poderosa e nunca passava muito tempo sem revelar aquele simpático e saudoso rolinho de filme. Na hora da revelação, quase ganhei alguns hematomas na testa, pois confesso, que saia da loja, olhando as fotos sem conseguir desviar das formiguinhas e baratinhas do shopping.
Sonhava muito entrando em uma salinha escura com um varal com fotos e pegadores. Encantava-me com filmes onde existiam personagens que revelavam suas próprias fotos, aquela bandeja branca e a pinça para pegar a foto e automaticamente pendurar na corda, hum...aquela coisa de que quando crescer quero ser igual, sabe? Hoje alguns filmes fazem-me passar no túnel do tempo, como: Lado a Lado com Julia Roberts, que faz o papel de uma talentosa fotógrafa, aliás nesse filme me encontrei de várias formas, um filme com Robin William, retrato de uma obsessão, que ele faz um papel de uma psicopata, Cidade de Deus, com o personagem Buscapé.
Bem de mansinho chega o mercado digital, com vocês, o fenômeno, A CÂMERA DIGITALL! ! Aposentando de vez o álbum fotográfico. Nem precisa preocupar-se mais, agora você mudando-se de uma casa para outra, não perderá seu álbum de fotografia, não mais amarelará, você só perderá suas fotos, só se a camisinha do seu PC estourar, assim entrando um vírus mortal. Lembro-me que quando ganhei minha câmera digital Olympus digital 3.0, clicava todos os momentos, suspendendo o pé, estalando o dedo, todas as circunstâncias. E as visitas? Não podiam nem conversar, comer, fazer xixi, eu, extravagantemente, fervorosamente, saia click, click, click..........Eu hein?!
A verdade é que as câmeras digitais virou uma febre, assim como o celular e nem adianta mentir, quando chega um pobre coitado com sua câmera convencional, aquelas que fazem o clique e rebobina o filme, essa mesmo com aquele zunido, CLICKKKKKKKKKKKK! Todo mundo olha atônito, parecendo que estamos no filme do diretor, Steven Spielberg, Jurassic Park I, eu nem digo II, (seria moderno demais), parece que tem um big Tiranoussauro Rex entre nós.
Sinto saudades do álbum, sempre estou revelando fotos, expondo as mais bacanas no meu mural, sempre que me sobra tempo, estou arrumando antigos álbuns, verificando se tem algum tipo de fungos alimentando-se das minhas capturas, pois para mim, existe uma poesia na fotografia convencional, gosto de sentar e ficar passando o álbum, relembrando, algumas vezes chorando ou rindo pencas, já quando olhos as fotos na tela do computador, a maiorias das vezes, não conseguem arrancar-me súbitas perturbações, assim como ler o jornal, ler um livro tudo pelo computador, meu negocio é pegar.
Sei que a agilidade é a grande vantagem da câmera digital, você não precisar mais morrer de curiosidade para saber como ficou a foto, pois sabe-se lá quando você terá ou se terá a oportunidade de registrar aquele momento novamente?
Agora fico aqui na expectativa de novas invenções, pena que o curso seja tão caro, e os equipamentos mais caros ainda, por enquanto vou contentando-me com a minha digital Sony e a disputadíssima câmera do meu marido e com minha monografia que será em cima disso, com a página do flick, com a lição do meu professor querido de fotografia, com os click’s da minha linda Bahia, em falar nisso, para não perder o habito faz uma pose aê, isso! Agora diga diga X.........

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Dia de Jorge.

Salve


"Eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge

Para que meus inimigos tenham pés e não me alcancem

Para que meus inimigos tenham mãos, não me toquem

Para que meus inimigos tenham olhos e nao me vejam

E nem mesmo um pensamento eles possam ter para me fazerem mal."



terça-feira, 22 de abril de 2008

"Eu quero ter um filho com você."

O elogio do amor
André Takeda escreveu este texto para a Revista Cláudia de junho. A editora pediu a ele um texto na primeira pessoa, falando sobre o amor, e ele não pensou duas vezes. Decidiu escrever sobre um dos momentos mais reveladores do seu relacionamento.
Foi assim, dessa forma espontâneas e sinceras que Helena me acordou naquela manhã de sábado. Talvez ela apenas estivesse expressando um desejo que, mais cedo ou mais tarde, aparece na maioria das mulheres. Tenho certeza de que isso não aconteceu somente comigo. Imagino que milhares de homens, em todos os cantos do mundo, acordam um dia com essa frase. Quem sabe não é mais um daqueles mistérios femininos. Chega um momento em que vocês simplesmente trocam o bom-dia por "eu quero ter um filho com você". Confesso que fiquei com vontade de cobrir o meu rosto com o lençol, do mesmo jeito que fazia quando eu era criança e a minha mãe me chamava para ir à escola. E, enquanto pensava no que iria responder, fui obrigado a encarar esse monstrinho danado chamado amor.
Veja bem, consigo enumerar todas as 201 razões que me fazem crer que a Helena é a mulher mais linda do mundo. Sei todos os motivos que fazem com que as nossas conversas sejam fluentes como um texto do Verissimo. Até sou capaz de adivinhar os sapatos de que ela mais gostou em sua loja predileta. Mas não conseguiria dizer a você por que eu a amo. Porque o amor não é como a paixão, que está explícita nas batidas aceleradas do coração. Muito pelo contrário. Ele se esconde nas pequenas paradas do nosso coração, tão pequenas que mal conseguimos perceber.Até que, naquela manhã de sábado, tudo ficou muito mais claro. Rolando na cama, sentindo que havia chegado à vida adulta, fiz um pequeno retrospecto de nossos três anos juntos e, então, finalmente descobri o que é o amor. E quer saber? Gostei do que vi.
Porque só o amor pode fazer com que um cara entenda a beleza da fidelidade depois dos 30 anos. Só o amor tem o poder de deixar para trás uma adolescência que insistia em continuar. Só o amor sabe nos ensinar que o melhor da vida é dividir. Só o amor consegue fazer com que a gente pare de gastar todo o salário em discos. Só o amor convence você a cortar os cabelos. Só o amor muda a sua rotina de jantar todos os dias macarrão instantâneo com Coca-Cola. Só o amor admite erros e pede desculpas. Só o amor deixa exposto tudo aquilo que você nunca quis ver. Só o amor, e, por favor, preste bem atenção no que vou dizer agora, só o amor amadurece.
Como é que nunca percebi isso antes? É tudo tão óbvio agora. Para um homem, não existe nada pior do que amadurecer. Não é que seja difícil. É pior mesmo. No sentido de ruim, chato, incômodo. Porque amadurecer implica mudança, e mudança é algo que não existe no vocabulário de nenhum dono do mundo que se preze. Mas você quer saber a verdade? Ser dono do mundo é um saco. Isso mesmo, um saco. Um saco e uma grande mentira. Porque neste mundo somos todos inquilinos. E não existe nada melhor do que ser inquilino a dois.
"Eu quero ter um filho com você", ela repetiu.
Sim, eu estava devendo uma resposta. Nenhuma mulher confessa algo parecido sem esperar algo em troca. Se eu ainda fosse dono do mundo, com certeza iria dizer que ela estava louca, que não deveria me pressionar, que eu era jovem e, depois de alguns meses, iria dar um jeito de cair fora do relacionamento. Só que, dessa vez, foi tudo tão diferente. Eu apenas segurei a sua mão. E senti que a criança que existia em mim estava saindo debaixo do lençol para não retornar mais. Porque leva um certo tempo até o homem entender o amor. Mas, depois que a gente entende, já não há mais volta. Quando menos esperamos, estamos amando o amor.
"...jogue seus cabelos no vento não olhe pra trás ouça o barulhinho que o tempo no seu peito faz faça sua dor dançar atenção para escutar esse movimento que traz paz
cada folha que cair cada nuvem que passar deixa
a terra respirar pelas portas e janelas das casas atenção para escutar o que você quer
saber de verdade "


(Arnaldo Antunes)

sexta-feira, 18 de abril de 2008

SoFiA

Não estou esperando um filho, mas acho interessantíssima essa passagem da escolha do nome do filho. Há pais, que procuram a numerologia para escolher os nomes dos seus bebês. Há aqueles que fazem promessas ou simplesmente segue a sua origem, africana, indígena, enfim a linha etnológica. O Cartório tem barrado muita gente, porque me lançam cada nome para os bebês com cara de joelho, coitados! Que muitas vezes até combinam com a carinha de joelho esticados e enrugados como: 1, 2, 3 de Oliveira 4, Bem Vindo o Dia do Meu Nascimento Cardoso, FRANKSTOSENE (nem sei se é assim que se escreve) é pode levar fé , esse aí, foi um colega meu do ginásio, Xi! Será que tem alguma coisa haver com Frankenstein? E sem esquecer daquelas perigosas junções entre o nome de pai e mãe. Mas também discordo dessa nova lei, que tiram o direito a registrar seus filhos com nomes em idioma afro. Oficiais de cartórios vêm rejeitando hoje, registros de nomes que têm em sua grafia as letras y, k e w que, oficialmente, não faziam parte do alfabeto do Brasil. Mas quanta hipocrisia! O que mais vemos, são essas grafias em todos os lugares e com essa reforma na nossa língua, essas letras, logo, logo farão parte do nosso alfabeto.
Meu pai mesmo, lançou nome diferente a meus dois irmãos, Kilane e Oubí. Kilane é do personagem do livro, e Oubí é uma semente de origem africana.
O nome que sempre seduziu-me foi Sofia, ah, Sofia! Que em Grego, significa sabedoria. Sei que foge completamente das minhas origens, ou seja, o resgate e afirmação da minha identidade. Depois que li O Mundo de Sofia, encantei-me mais ainda sobre essa personagem numa aventura na filosofia.
Sofia era uma menina de quase quinze anos que morava com sua mãe, pois o trabalho de seu pai o deixava ausente boa parte do tempo.Certo dia, quando vinha da escola, encontrou dois pequenos envelopes brancos, não simultaneamente. Em cada um havia uma indagação e elas levaram Sofia a refletir sobre a vida e a origem do mundo. Também recebeu um cartão-postal que deveria ser entregue a uma pessoa que ela nem conhecia e cujo nome era Hilde.
Sofia recorreu a um esconderijo no jardim de sua casa para pensar e refletir sobre as perguntas. Para ela, ele representava um mundo à parte, um paraíso particular, como o jardim do Éden mencionado na Bíblia.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

sábado, 12 de abril de 2008

Parabéns Salvador!

Feliz, feliz, feliz cidade, seja feliz, cidade pelo seu seu aniversario.
Desculpe-me pelo atraso de feliz aniversário, acontece q ando meio decepcionada, não se preocupe, não é com vc, mas sim, com aquelas pessoas q a administram. Não posso ficar triste com vc, logo vc q oferece-me tantas coisas legais, caso, circustância, condições, estado, fato, alegria, brilho, sinestesia, música, ritmo, dança, abundância de bens, riquezas, cultura, tom, transmissão, expressão e até retóricas sobre vc, é vc mesmo, minha Salvador, Salvador de todos os Santos, que me deixa tão vulnerável a seus encantos e beleza. Vc Salvador, q foi a primeira capital do Brasil e nem fique triste, pq para mim será sempre a primeira.459 anos , hein?Quanto chão! Está em cima, nem parece!Continua um brotinhooo! Tá baum, sei q brotinho, nem se usa mais!
Obrigado por tudo, tentarei retribuir na hora de escolher um canditado menos ruim , acredite ñ tenho culpa nenhuma desse que está dirigindo vc agora , minha consciência está leve . Tudo bem, ñ fique triste, mudarei de assunto, falaremos de coisas boas, então Feliz Aniversário!Desejo-lhe vibrações positivas. Aí, ñ chora!Vem cá, me dá um abraço!
[Tatiana]

terça-feira, 18 de março de 2008

Todos os dias são nosso!


Mulher


Elas sorriem quando querem gritar.
Elas cantam quando querem chorar.
Elas choram quando estão felizes.
E riem quando estão nervosas.

Elas brigam por aquilo que acreditam.
Elas levantam-se para injustiça.Elas não levam "não" como resposta quando
acreditam que existe melhor solução.

Elas andam sem novos sapatos para suas crianças poder tê-los.
Elas vão ao medico com uma amiga assustada.
Elas amam incondicionalmente.

Elas choram quando suas crianças adoecem
e se alegram quando suas crianças ganham prêmios.
Elas ficam contentes quando ouvem sobre
um aniversario ou um novo casamento.

(Pablo Neruda)

sábado, 1 de março de 2008

Querida vida...

Sei que levarás as pessoas que amo para que elas um dia retornem para desempenhar o que foi-lhe predestinado;
Gostaria que algumas delas voltassem rouxinois para que eu pudesse ouvir seus fraseados e suas melodias musicais;
Gostaria que alguns voltassem poetas, para que eu pudesse ouvir e sentir seus versos alados;
Gostaria que alguns voltassem palhaços, para que eu pudesse rir, rir sem parar do seu esférico vermelho na ponta do nariz, da flor que lança água e das quedas propositais ao chão;
Gostaria que algumas delas voltassem bailarinas, para que eu pudesse assistir seus pés no ar rodopiar;
Gostaria que alguns deles, voltassem pilotos de um imenso balão para levar-me aos céus para que eu pudesse flutuar vagarosamente entre os algodoeiros;
Encontro todos vocês em breve, palhaços, bailarinas, pilotos, poetas e rouxinóis.
(Tatiana Souza)

Solidão na casa que não é sua

Sinto falta dos casos que supostamente você poderia me contar
Minha alegria já não saltita mais pelo meio, esquina ou no centro da casa
O silêncio tornou-se aeriforme..
A solidão não que mais ser compartilhada
Se for para ter solidão que ela seja despovoada.


(Tatiana Souza)

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Tomou Doriu!

Vandalismo Carioca
Sumiu os óculos da estátua de Carlos Drummond Andrade, que fica na praia de Copacabana, na Zona sul do Rio. Por qual razão, furtariam os óculos de uma estátua? Drummond está sentado de pernas cruzadas, pensativo, observando sua maravilhosa Copacabana. Bem que poderiam convidar o temível e famoso detetive Sherlock Holmes ao Rio, pois ele conseguiu desvendar o roubo do violino Stradivarius no romance de Jô Soares, quem sabe não nos ajudaria? Eu relmente ficaria revoltadíssima, se por acaso roubassem o copo de bronze que acompanhia a estátua de Vinícius de Moraes no coração de Itapuã, Putz!

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Todo carnaval tem seu fim..

Dois milhões ou mais de turistas no carnaval, a folia acabou, mas o verão ainda está na casa. Mesmo não usando mais confetes e serpentinas, alguns blocos tentam resgatar os velhos carnavais, mas será que conseguem? Acho melhor acordar, pois o carnaval agora é outro!
Então, inté ano que vem! Inté as cores, os pintos mijando pelas ruas, o gingado, o suor, o tênis no ar, inté o carnaval camarotizado, inté as comidas tailandesas oferecidas no camarote do expresso 2222, inté as pipocas esmagadas, as coladas nos desconhecidos, os políticos que aproveitam para conquistar votos, o adeus do vocalista que deixou sua banda rumo a carreira solo, inté as confusões das multidões para adquirirem os bilhetes para arquibancadas dos circuitos, os gordinhos que ganharam peso para disputar o trono do Rei Momo e caíram do cavalo, a voz insuportável de Preta Gil, (não sei qual foi a fada, que disse que ela poderia ser cantora), os transatlânticos que aportaram trazendo turistas para a folia, inté para aqueles que se vestiram para fechar com sua fantasias escandalosas , inté as divas dos ritmos, os técnicos de som, engenheiros, mecânicos, inté ao Gandhy que troca o colar por um beijo de língua, inté “alegria de erê vendo gente sambar”, inté o vendedor de cravinho com o galão na cabeça, o vendedor de isopor, inté para os Estados disputando qual o melhor carnaval, inté a levada sincronizada, inté “o olha nós aqui na Band”, inté o arrastão, os hit’s da folia “ ela é toda boa”,” beber cair e levantar”, inté o varre aqui, limpa acolá... Inté aos artistas que deixaram de herança o samba, o axé, o fricote, inté à indústria poderosa na qual o nosso carnaval transformou-se.
Mesmo o novo governo da Bahia, se arriscado, trocando tudo na área do turismo, a não continuidade administrativa, o carnaval andou, mesmo com a mudança do Rei Momo light, o carnaval andou.
Agora é lutar contra o calendário e espichar o verão, vamos espichar,enquanto as águas de março não fecham o verão.

Fotos: por Américo Bonfim