Não estou esperando um filho, mas acho interessantíssima essa passagem da escolha do nome do filho. Há pais, que procuram a numerologia para escolher os nomes dos seus bebês. Há aqueles que fazem promessas ou simplesmente segue a sua origem, africana, indígena, enfim a linha etnológica. O Cartório tem barrado muita gente, porque me lançam cada nome para os bebês com cara de joelho, coitados! Que muitas vezes até combinam com a carinha de joelho esticados e enrugados como: 1, 2, 3 de Oliveira 4, Bem Vindo o Dia do Meu Nascimento Cardoso, FRANKSTOSENE (nem sei se é assim que se escreve) é pode levar fé , esse aí, foi um colega meu do ginásio, Xi! Será que tem alguma coisa haver com Frankenstein? E sem esquecer daquelas perigosas junções entre o nome de pai e mãe. Mas também discordo dessa nova lei, que tiram o direito a registrar seus filhos com nomes em idioma afro. Oficiais de cartórios vêm rejeitando hoje, registros de nomes que têm em sua grafia as letras y, k e w que, oficialmente, não faziam parte do alfabeto do Brasil. Mas quanta hipocrisia! O que mais vemos, são essas grafias em todos os lugares e com essa reforma na nossa língua, essas letras, logo, logo farão parte do nosso alfabeto.
Meu pai mesmo, lançou nome diferente a meus dois irmãos, Kilane e Oubí. Kilane é do personagem do livro, e Oubí é uma semente de origem africana.
O nome que sempre seduziu-me foi Sofia, ah, Sofia! Que em Grego, significa sabedoria. Sei que foge completamente das minhas origens, ou seja, o resgate e afirmação da minha identidade. Depois que li O Mundo de Sofia, encantei-me mais ainda sobre essa personagem numa aventura na filosofia.
Sofia era uma menina de quase quinze anos que morava com sua mãe, pois o trabalho de seu pai o deixava ausente boa parte do tempo.Certo dia, quando vinha da escola, encontrou dois pequenos envelopes brancos, não simultaneamente. Em cada um havia uma indagação e elas levaram Sofia a refletir sobre a vida e a origem do mundo. Também recebeu um cartão-postal que deveria ser entregue a uma pessoa que ela nem conhecia e cujo nome era Hilde.
Sofia recorreu a um esconderijo no jardim de sua casa para pensar e refletir sobre as perguntas. Para ela, ele representava um mundo à parte, um paraíso particular, como o jardim do Éden mencionado na Bíblia.
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